segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

16 de dezembro - uma data importante para o Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG)


Hoje é um dia muito especial para todos nós que amamos o Instituto de Educação de Minas Gerais - IEMG. Há exatos 113 anos, o então Presidente do Estado de Minas Gerais, João Pinheiro, regulamentou o ensino normal através do Decreto n°1.960, de 16 de dezembro de 1906. Este decreto foi importantíssimo para que a nova Escola Normal da Capital fosse instalada em Belo
Horizonte, no ano de 1907 acompanhando o conjunto da reforma da instrução primária.
O dia de hoje representou um passo importante na criação da primeira escola normal oficial da República. A Escola Normal Modelo foi a semente para a construção de toda a moderna educação mineira.









Pedagogia por projetos: uma prática inovadora.


Pedagogia por projetos: uma prática inovadora.
Texto de Ronaldo Campos


Fotos do projeto de educação patrimonial - realizado no IEMG (2017)



Nos últimos anos no Brasil, em todos os níveis da educação formal, observamos o crescimento do processo de ensino aprendizagem a partir de projetos. Apesar de ser um tema bastante difundido, ainda há muitos dúvidas com relação a chamada pedagogia por projetos. A expressão “metodologia de projetos” (ou “método de projetos”” apareceu pela primeira vez nas obras de John Dewey (1916) e William Kilpatrick (1918) que estavam inseridas no mocimento da “Escola Nova”. No Brasil, foi Anísio Teixeira que introduziu essa questão com o movimento “ensino para todos” com forte influência da movimento escolanovista.
Esta  prática pedagógica pode ser definida como uma proposta metodológica que busca desenvolver no aluno competências e habilidades – tais como autonomia, criatividade, análise, síntese e o poder de decisão – que garantam um bom desempenho pessoal, acadêmico e profissional. Além disso pode contribuir na criação de condições necessárias para que ocorra o protagonismo juvenil considerado por muitos como uma exigência desse mundo globalizado e conectado. O educando deve-se descobrir como sujeito no processo histórico, inserindo a educação como um momento do processo de humanização.
Pelo fato do foco dessa proposta estar no aluno, o professor deve fazer uma mediação pedagógica que quebre com a estrutura rígida e vertical, onde cabe ao aluno apenas escutar e obdecer. O diálogo deve ser horizontal partindo da realidade do educando, das suas vivências. O professor não é mais nem a fonte do conhecimento nem o transmissor de um saber livresco. Isto porque (devido a amplitude quase infinita do conhecimento produzido na modernidade, das limitações humanas, do tempo e dos recursos disponíveis) ele não consegue dominar todo “o conhecimento”. Ele precisa provocar no aluno – devidamente instrumentalizado com técnicas e métodos de pesquisa – o desejo, a curiosidade para  investigar, problematizar, argumentar, saber correlacionar, produzir, resolverr problemas, ir para além dos conteúdos, criar e projetar. Encontrando sentido naquilo que estão estudando. Assim, o professor deve criar as situações de aprendizagens e as mediações necessárias para que os alunos possam encontrar o sentido daquilo que estão estudando. Devendo ser capaz de aprender a conhecer, aprender a fazer; aprender a viver e aprender a ser.
Neste sentido, a sala de aula também se transformou. Nao é apenas o espaço e o tempo. É a própria relação estabelecida entre as partes envolvidas no processo de ensino aprendizagem. É o contexto onde são combinados conhecimento e trabalho em equipe visando encontrar soluções para problemas concretas e\ou significativos para o aluno.
Por esta razão, a metodologia por projetos é uma forma de aprender partindo de questões reiais e complexas apresentadas pelo cotidiano dos envolvidos no processo de ensino aprendizagem. O que permite por sua vez a construção de uma aprendizagem significativa, onde, o aluno encontrará um sentido no seu objeto de pesquisa. Para isto ele precisa de ter uma consciência crítica articulada à prática que, por sua vez, é desafiadora e transformadora. O que significa que quando o aluno aprende algo novo, ele tem acesso  a um conhecimento que se relaciona de forma substantiva e não arbitrária a um determinado aspecto da sua estrutura cognitiva.  É uma metodologia que possibilita a prática reforçar a teoria. E esta sendo construída a partir da prática.

A educação no mundo atual cada vez mais tem que responder as necessidades e os desafios propostos pelo indivíduo, pela família, pela sociedade, pelas políticas nacionais e internacionais. Os desafios da escola são cada vez maiores e mais complexos. Neste sentido, a instituição escolar tem que propor novas formas de ensinar, de produzir o conhecimento e de avaliar a partir de uma dimensão mais formativa. Buscando uma formação integral do aluno. É importante que o educando se torne mais ativo neste processo e que o conhecimento tenha um significado e uma aplicabilidade maior para ele. Buscando concretizar esses novos caminhos, o Instituto de Educação de Minas Gerais realiza constamente projetos que buscam essa educação mais dinâmica, significativa e formativa.










Fotos projeto História Oral realizado no IEMG (2016-2018) nas aulas de história (professor Ronaldo Campos)

Aula Magna – uma experiência surpreendente

Aula Magna – uma experiência surpreendente


O mundo atual é marcado por uma tecnologia cada vez mais avançada, pela globalização e pela grande velocidade de transmissão de dados e informações. Apesar de tamanha transformação, na maioria das vezes, a educação e, consequentemente, a aula (o dia a dia escolar) de muitos brasileiros continua reproduzindo práticas tradicionais e ultrapassadas. Isto significa que a escola está distante da realidade do aluno.
Para modernizar as práticas pedagógicas não basta apenas introduzir ou investir em novos equipamentos tecnológicos. Pois, a tecnologia é o meio e não o fim em si mesma. É uma mera ferramenta de apoio. Para inovar a prática docente com aulas dinâmicas, atrativas e interdisciplinares, é fundamental transformar a prática do professor e repensar o papel da educação no mundo contemporâneo.
Nos dia 23 de setembro de 2018, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Fundação Clóvis Salgado) a supervisão e os professores do terceiro ano do ensino médio do Instituto de Educação tiveram a oportunidade de participar de um importante evento pensado dentro dessa perspectiva de inovação pedagócia. Trata-se da “Aula Magna – Enem 51”. Evento organizado pelo colégio e pré-vestibular Chromos que contou com uma plateia composta por mais de 1700 alunos, os professores do Chromos realizaram uma palestra interativa e dinâmica com o objetivo de compartilhar novas experiências e valores.
A “Aula Magna” não é uma paletra acadêmica tradicional. É um evento interdisciplinar que abordou na perspectiva de uma “sala de aula ampliada” os cinco eixos cognitivos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) utilizando de forma criativa vários elementos midiáticos, pedagógicos e teatrais

Antena: um jornal independente e interestudantil

Texto e pesquisa: Ronaldo Campos
Na época da produção do terceiro número da Revista Pedagógica do IEMG, recebemos com muita satisfação um exemplar de um jornal estudantil publicado no início dos anos sessenta do século XX. A doação foi feita por Maria Vicente, ex-aluna e irmã de nossa queridíssima e saudosa, Rosa Maria Ribeiro Vicente.
Antena foi um jornal de estudantes publicado em 1961. Possuia uma linha editoral bastante independente e buscava realizar a intermediação entre alunos e diretores\professores das escolas envolvidas. O períodico tinha uma proposta audaciosa ao propor um trabalho interestudantil  reunindo alunos de várias instituições, a saber: colégios de Aplicação, Estadual, Municipal e Instituto de Educação. Foi um espaço para a discussão de temas importantes. Contou com amplo apoio da sociedade e do comércio da capital mineira visto a grande quantidade de anúncios apresentados logo na primeira edição.
O jornal Antena foi uma proposta que rompeu com o projeto de um jornal escolar tradicional ao não se restringir apenas a uma instituição de ensino. Esta experiência pedagógica foi bastante inovadora ao propor situações de ensino e de aprendizagem mais abrangentes que iam além do conteúdo específico das disciplinas regulares. Assim, quando as alunas saiam de sua escola para entender a escola do outro(a), tornava-se possível conhecer e interagir com a cidade, com os seus habitantes e os principais problemas. O que também possibilitou, de certa maneira, complementar as atividades regulares que aconteciam no dia a dia escolar. Isto por que por meio de discussões, análise de textos diversos, notícias, seção feminina, coluna de cinema, reflexões sobre a arte e ações das quais os alunos daquela época participavam, sempre podemos encontrar tanto um “olhar” para a sociedade e para os seus mecanismos como um outro “olhar” centrado na discussão das relações entre eles, nos interesses e nas necessidades de todos que participaram do jornal Antena.
De acordo com a equipe responsável pela edição, o jornal Antena nasceu “da própria ânsia de liberdade e sentimento de independência”. Sendo o resultado de um longo processo que teve início no dia a dia das alunas: “nasci, como todos, pequeno; fui jornal mural, depois mimeografado. Agora cresci, tornei-me intercolegial. Nao serei mais, de agora em diante, o jornal “O pica pau”, a seriedade de minha nova missão fez-me mudar de nome. Agora sou ‘Antena’.
Nesta primeira edição, destacam-se três momentos. O primeiro é a reportagem de capa sobre o IEMG intitulada “Instituto: um mundo em miniatura”. De acordo com o texto, o Instituto de Educação, dirigido pelo professor José Mesquita de Carvalho, possuia cerca de 4.500 alunos. A gestão da escola foi avaliada naquela época como excelente pela unanimidade de docentes e discentes. De acordo com a matéria, “à direção atual se deve o perfeito entrosamento entre alunos e mestres [...].” Destacando como ponto alto da instituição a formação de novas professoras. Em 1961, o IEMG tinha “17 turmas, sendo 7 do 1º ano e as 10 restantes igualmente entre o 2º e o 3º.” Sobre as alunas, o periódico nos informa que “ as moças são responsáveis pela maioria das atividades do estabelecimento, tais como: conferências, exposições, teatro e agora um conjunto musical que muito promete.” Como um órgão independente, o jornal Antena chama atenção para os problemas do IEMG: a má gestão da cantina, os problemas da gráfica e o estado precário de alguns móveis de madeira. Esta matéria é finalizada com uma entrevista dada pela aluna Juerma C. Brant Ribeiro, presidente do Conselho de Estudantes do Instituto de Educação, onde, ela explica como foi o processo eleitoral; a função, objetivos e; as suas principais propostas para conduzir o Conselho.
A leitura do primeiro número do jornal Antena também nos possibilita ter acesso aos primeiro artigos de profissionais importantes do jornalismo e da crítica literária brasileira. Na página 02, destaca-se um texto opinativo sobre o problema fundiário no Brasil escrito pela jovem Sônia Maria Viegas. Um texto corajoso e bem fundamentado em autores como Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior.
Sônia Maria Viegas Andrade (1944-1989) anos mais tarde vai se destacar como professora do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG. Autora do belo "A vereda trágica do Grande Sertão: Veredas" (Edições Loyola, 1985), que recebeu o Prêmio "Cidade de Belo Horizonte", da Prefeitura Municipal. Criou e dirigiu o Núcleo d
e Filosofia, publicou artigos em diversos jornais e revistas a capital mineira e brilhou nos cursos e sessões comentadas do Savassi Cine Clube. Postumamente, foram publicados os livrosCinema comentado (1990), Amor e criatividade (1994), Mito (1994).
Outro destaque do jornal Antena é a coluna de cinema assinada pelo jovem estudante Boris Feldman. De modo sintético e bem elaborado, ele destaca a produção dos primeiros filmes dos irmão José Haroldo Perreira e Maurício Gomes Leite.

Muito antes de cursar engenharia na Universidade Federal de Minas Gerais e de escrever a sua primeira coluna sobre automóveis para a sucursal mineira do jornal “Última Hora”. Provavelmente, este é um dos seus primeiros textos publicados. Boris Feldman é formado em engenharia e comunicação. Trabalhou como engenheiro na fábrica de motores “Metal Leve” por vinte anos. Editou vários cadernos de automóveis em jornais diários. Comandou o caderno Vrum do jornal Estado de Minas por aproximadamente 34 anos. Mais tarde produziu o programa com o mesmo nome para a TV Alterosa\SBT transmitido em rede nacional. Isto sem esquecer os inúmeros programas de rádio produzidos e apresentados por ele. 

Amae Educando: uma revista que marcou a educação brasileira






Amae Educando: uma revista que marcou a educação brasileira


Texto e pesquisa: Ronaldo Campos



O prédio da rua Pernambuco, número 47, no bairro Funcionários, área nobre da capital mineira, é o berço de muitas histórias: foi construído originalmente para abrigar o Ginásio Mineiro; foi a sede do Tribunal de Relação (hoje Tribunal de Justiça de Minas Gerais); abrigou a Escola Normal Modelo; foi o espaço de atuação da professora e escultora belga Jeanne Louise Milde; viu nascer o curso de Administração Escolar do Instituto de Educação de Minas Gerais, transformado em 1970 no curso de Pedagogia do Instituto de Educação de Minas Gerais, transformado em 1994  na Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais,
Dentre todas essas histórias, uma completou cinquenta anos em 2017. Estamos falando da revista Amae Educando que possui uma trajetória vitoriosa. Resultado da perseverança e do grande empenho de todas as pessoas envolvidas, a revista foi criada no Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), no ano 1967, por alunas que cursavam Administração Escolar. Tendo por objetivo de informar o professor sobre as reformas políticas e propostas de programas de ensino e curriculares, apresentando em suas páginas as evoluções das teorias e atendendo as demandas pedagógicas do professorado. Com a adesão de outras colegas do curso, foi criado a Associação Mineira de Administração Escolar (AMAE), que em 1989 se transformou em Fundação Amae para Educação e Cultura. Sempre acreditando o papel transformador da educação na contribuição para definir o futuro do país e do mundo.

A revista Amae Educando se transformou em um dos períodicos mais importantes da área. Atualizando-se constantemente e mantendo junto ao professor na sala de aula, promovendo jornadas pedagógicas, encontros, congressos nacionais, cursos, oficinas, assessorias e publicações. Mesmo com a todas as crises econômicas e políticas das últimas décadas, durante mais de quarenta anos, conseguiu manter uma circulação nacional efetiva, voltado para os profissionais da área, e conta com a colaboração de especialistas de todo o País.




Apresentação de Ângela Machado Teles para o número 5 da Revista Pedagógica do IEMG

Texto de apresentação do número cinco da Revista Pedagógica do IEMG, escrito por Ângela Machado Teles, especialista responsável pelos terceiros anos do ensino médio do Instituto de Educação de Minas Gerais - IEMG

A Revista Pedagógica do IEMG nasceu no Instituto de Educação de Minas Gerais em agosto de 2012 sob forte influência de projetos e eventos desenvolvidos desde as comemorações do primeiro centenário de criação da Escola Normal Modelo de Belo Horizonte (1906-2006) sob a orientação de Ângela Machado Teles, Ronaldo Campos e Rosa Maria Vicente Ribeiro. A parceria estabelecida com o Chromos – Colégio e Pré Vestibular foi fundamental para o sucesso deste projeto.
A proposta desta Revista é dupla, a saber: em primeiro lugar, buscamos resgatar o passado com base no estudo e nas pesquisas de fontes históricas variadas (materiais, escritas, iconográficas e orais). Em segundo lugar, divulgar os trabalhos desenvolvidos pelos nossos alunos e professores durante o ano letivo. A revista publica textos de professores do Instituto de Educação de Minas Gerais, de alunos e de colaboradores de outras instituições de ensino ou de pesquisa, que dialogam com o debate sobre as questões educacionais\pedagógicas e os estudos sobre a memória, história, patrimônio e cultura da cidade de Belo Horizonte.
Acreditamos que ao rememorar o passado, não estamos apenas evitando esquecer o que já foi vivido. A memória aqui não é vista como um relicário nem reduzida a um mero sonho ou devaneio. É, pelo contrário, o espaço do imaginário e da recriação da nossa condição como seres históricos. Ao recuperar e conservar a nossa história, podemos compreender de forma mais clara os problemas do presente e pensar em bases mais sólidas e realistas nossas futuras ações.
Com a Revista Pedagógica do IEMG, buscamos construindo um processo onde cada aluno, professor e funcionário do IEMG tem o orgulho de fazer parte e de preservar essa história. Pois, acreditamos que aqueles que deixam o passado desaparecer não terão capacidade de compreender o presente e construir um futuro.

Desejamos a todos uma boa leitura.

Convite
Reforçamos aqui, mais uma vez, o convite para que todos enviem os seus trabalhos para a
REVISTA PEDAGÓGICA DO IEMG: A correspondência deve ser endereçada à Rua Pernambuco, 47 – Bairro Funcionários \ Belo Horizonte – MG. Aos cuidados de Angela Machado Teles e Ronaldo Campos (Editores da Revista Pedagógica do IEMG) - E-mail: revistapedagogicadoiemg@gmail.com. O Blog da Revista Pedagógica do IEMG é  http://iemg2012revistapedagogica.blogspot.com.br/2012/09/a-revista-do-iemg.html





Cheguei! Graças ao apoio e a confiança do grupo Chromos Colégio e Pré, o número cinco da nossa revista está pronto.
Mais informações no e-mail revistapedagogicadoiemg@gmail.com. 


16 de dezembro - uma data importante para o Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG)

Hoje é um dia muito especial para todos nós que amamos o Instituto de Educação de Minas Gerais - IEMG. Há exatos 113 anos, o então Preside...