terça-feira, 28 de junho de 2016

Estilos e Escolas

Estilos e Escolas: um patrimônio cultural da nossa cidade

Texto e Pesquisa de Ronaldo Campos
Professor do Centro Universitário UNIBH e do Instituto de Educação de Minas Gerais - IEMG



Do final dos anos oitenta do século XIX até os anos quarenta do século seguinte, o estado de Minas Gerais conviveu com uma miríade de estilos artísticos e arquitetônicos que incluía o ecletismo pitoresco, as restaurações nacionalistas (como por exemplo, o neo-colonial), a art noveau, a art decó e o modernismo de vanguarda. O início desse processo coincidiu com a revitalização econômica de Minas Gerais através da exploração e exportação do café.
Nas primeiras décadas da sua existência, Belo Horizonte recebeu através da sua rede ferroviária as novidades da Europa e dos Estados Unidos. Chegaram também muitos imigrantes (mestres na técnica do estuque) que tiveram papel importante no sistema construtivo e decorativo da nova capital. E muitas mudanças ocorreram. Belo Horizonte é uma cidade moderna e republicana onde a sua ocupação não se deu de modo espontâneo por um grupo de pessoas. Foi uma cidade planejada para existir de um determinado modo e foi construída segundo um traçado específico e de acordo com as mais modernas técnicas construtivas, com novas tecnologias e novos materiais Ouro Preto, a antiga capital mineira, pelo contrário, era considerada arcaica e representava no imaginário da época o caos, a desordem, a irracionalidade, ou seja, simbolizava o período colonial, uma época que deveria ser esquecida.
Na nova capital, o construtor italiano substituiu o português. O pau-a-pique foi trocado pelo tijolo cozido e pelas estruturas e acabamentos metálicos que proporcionaram mesclar indústria e arte. As telhas coloniais foram trocadas pelas francesas, o beiral pelas platibandas decoradas comumente com balaustradas, esculturas ou “compoteiras”. O estilo arquitetônico eclético com os seus varios elementos decorativos (florões, ordens gregas, cariátides, talantes, máscaras, folhas de acanto, cartelas, rosáceas e capitéis variadíssimos), sem preconceitos de épocas e de culturas, se espalhou por toda a cidade.









Ecletismo

De acordo com a Enciclopédia de Artes Visuais do Itaú Cultural, a palavra ”ecletismo” denota a combinação de vários estilos em uma única obra sem com isso produzir um novo estilo artístico-arquitetônico. Para esse estilo arquitetônico, o belo artístico é obtido a partir da seleção e combinação dos melhores e mais significativos elementos (formas) dos grandes mestres. Esse termo foi usado pela primeira vez por Johann Joachin Winckelmann (1717-1768).
De acordo com Chilvers (2001), o ecletismo é um estilo que combina características provenientes de fontes diversas. Deriva frequentemente da suposição, explicita ou não, de que os traços excelentes de vários grandes mestres podem ser selecionados e combinados numa só obra. Na arquitetura, esse estilo apresentou quatro momentos. No primeiro (1880-1910), o ecletismo moderado, predominou um ecletismo de linhas suaves, com elementos do neoclássico, onde não se percebe o abuso de estilemas. O segundo momento (1910-1920), denominado ecletismo intermediário, apresentou uma influência menor do neoclássico e um maior uso de linhas e decoração mais rebuscada. O terceiro tipo é o ecletismo opulento (1920-1930), onde ocorre a radicalização da mistura de estilos com recriações e combinações de formas elaboradas ao longo dos séculos pela arte européia. Por fim, o ecletismo tardio (década de 1940) que se desenvolveu principalmente em Minas Gerais, nas cidades do interior.

O Instituto de Educação de Minas Gerais está localizado na rua Pernambuco, 47. Edificação de 1898, com projeto do arquiteto Edgar Nascentes Coelho e execução de Francisco Soucasseaux, Aurélio Lobo e Bento Medeiros. Fundada em 1906, e tinha por denominação Escola Normal Modelo Até 1909, funcionou na rua Timbiras, nº 1497 quando foi transferida para o prédio da rua Pernambuco. Sofreu uma grande reforma estrutural e estilística, entre os anos de 1926 a 1930, a partir do projeto de Carlos Santos (autor do projeto do Grupo Escolar Pedro II). Parte do edifício foi demolida, mas manteve o mesmo partido arquitetônico.
O estilo arquitetônico do IEMG segue o modelo do ecletismo com linhas arquitetônicas sóbrias e uma monumental fachada. O corpo principal da entrada tem um pórtico jônico de quatro colunas, enquadrado por quatro pilares. A cornija é ornamentada por mísulas ou modilhões. O pórtico é encimado por um ático com o letreiro. (cf. Primeira edição da Revista Pedagógica do IEMG, p. 08-13)







A Escola Estadual Afonso Pena (antigo “Grupo Escolar Afonso Pena”) formada por dois edifícios  (duas residências que foram modificadas para se tornar uma escola) interligados por um anexo. O número correspondente hoje ao 450 foi construído no ano de 1897 para ser a residência oficial do secretário de Estado do Interior pela Construtora da Nova Capital. A pintura e a ornamentação originais são do artista alemão Antônio Steckel. Esse palacete foi projetada de acordo com a metodologia das “casas tipo” criadas para os servidores públicos estaduais do tipo F.
Em 1906, no governo do Presidente do Estado, João Pinheiro, foi reformada pelo engenheiro José Dantas para que ali fosse instalado o primeiro grupo escolar de Belo Horizonte. De acordo com o Guia de Bens Tombados, a “referida instituição permaneceu no local até 1913, quando foi transferida para a sede definitiva na Avenida Paraúna, hoje Avenida Getúlio Vargas. Nessa ocasião, o Segundo Grupo da Capital, que funcionava na Rua Guarani passou a ocupar então o palacete da Avenida João Pinheiro. Em Janeiro de 1914 auferiu a denominação de Grupo Escolar Afonso Pena” (GUIA, 2014, p.191) A casa contígua à escola, rua dos Aimorés, também em estilo eclético, foi comprada pelo governo para ampliar a escola. O imóvel também pertencia à família de Afonso Pena, provavelmente, também fora erguido como moradia oficial

O Departamento de Trânsito de Minas Gerais (DETRAN\MG), antiga Escola Estadual Ordem e Progresso, está localizada a um quarteirão da Praça da Liberdade (na esquina da Rua Bernardo Guimãraes com a Rua da Bahia), o prédio da antiga Escola Estadual Ordem e Progresso, é formado por edificações em estilo eclético dadata do início da construção da nova capital. A casa da Rua Bernardo Guimarães foi construída em 1897 pela Comissão Construtora da Nova Capital com a finalidade de ser a residência do chefe de polícia (o que hoje corresponderia ao cargo de secretário de Segurança Pública do Estado). É um palacete do modelo casa tipo F. A sua ornamentação e pintura foram realizadas por Frederico Antônio Steckel e Bertholino dos Reis Machado. A casa da Rua da Bahia foi projetada pelo arquiteto italiano José Fornaciari, no ano de 1898. A sua construção ficou a cargo de Carlos Antonini (o mesmo que foi responsável pela edificação do Palácio da Liberdade).
Essas duas edificações exemplificam bem o ecletismo moderado. Percebe-se a influência clássica aliada a ornamentos geométricos. No frontão da fachada da casa da Rua da Bahia, há uma alegoria referente à indústria e ao comércio. No palacete da Rua Bernardo Guimarães, observa-se o busto alegórico de um militar, rodeado por guirlandas e folhas de acanto.
Ao longo dos anos, essas casas tiveram várias funções. Em 1962, foram adaptadas para oferecer o curso ginasial aos filhos dos servidores da Polícia Civil. Foram construídos vários anexos para a expansão da escola. No início da década de 1970, foi transformada em Escola Estadual de 1º e 2º Graus Ordem e Progresso. Em 1998, a escola foi transferida para o bairro Gameleira e hoje o prédio abriga o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (DETRAN\MG)

A Escola Estadual Barão do Rio Branco (antigo “Grupo Escolar Barão do Rio Branco”) localizada na avenida Getúlio Vargas, 1059. A sua construção teve início em 30 de dezembro de 1911 sob a responsabilidade do construtor Jayme Salse e do engenheiro fiscal Mário Alves Ferreira. No local onde hoje existe a escola, havia a Praça Alexandre Stockler que desapareceu em função da construção do primeiro Grupo Escolar da Nova Capital.
É um típico exemplo de construção dos grupos escolares no início do século XX. É uma construção térrea com planta inspirada no ecletismo da primeira fase, de linhas suaves, com elementos do neoclássico e janelas em arco pleno, onde não se percebe o uso abusivo de estilemas. É uma construção de pavimento único, porão alto, parcialmente utilizado e baldrame que acompanha o desnível da via.

O plano central, eixo de simetria, tem um grande portal delimitado por duplas de pilastras. Uma grande bandeira fixa ladeada por falsos nichos ornamentam a porta de acesso da escola. Acima dos nichos, há janelas rasgadas inteiramente com guarda-corpo de ferro fundido. No alto da portada, uma janela termal arrematada por um frontão curvilineio que por sua vez .  é coroado por um baixo relevo destacando o atual brasão das armas do Estado de Minas. Do lado direito, o brasão do Estado de 1891, onde há uma mulher representando à agricultura e um homem à mineração. Do lado esquerdo, tem-se a alegoria completa com o brasão da cidade de Belo Horizonte. Todos essas formas simbólicas são ornadas por elementos fitomorfos e laços de fita.
De acordo com o Guia de Bens Tombados, o projeto do primeiro Grupo Escolar apresenta algumas mudanças que rompem com o esquema rígido do ecletismo e se adéqua a sua função pedagógica: “o bloco principal implanta-se transversalmente, formando grande parte da testada do lote triangular na antiga Avenida Paraúna, atual Getúlio Vargas. Dele partem três outros blocos longitudinais, perfeitamente simétricos ao eixo do bloco principal. O partido configurado pela letra “E”, proporciona adequada distribuição das salas de aula. Obedecendo à orientação magnética e beneficiando a ventilação dos cômodos. ” (GUIA, 2014, p.267)
 

A Escola Estadual Olegário Maciel (antigo “Grupo Escolar Olegário Maciel”) foi criado em 1924 e inaugurado no ano seguinte. Localizado na Avenida Olegário Maciel (antiga Avenida São Francisco) possui características arquitetônicas do ecletismo. Essa edificação originalmente foi constituída por um partido arquitetônico em forma de “E”, com um volume retangular paralelo ao arruamento, e três outros a ele perpendiculares, localizados nos eixos central e lateral do retângulo principal. Como nas outras construções escolares, há uma preocupação com a simetria que, nesse caso, ocorre, na disposição espacial dos pátios. Abobadilhas estruturadas por perfis de ferro fundido sustentam os pisos das varandas. Os telhados destas são sustentados por uma leve colunata metálica. Telhas francesas fazer a cobertura dessas áreas.
Internamente, é uma construção austera, com pé direito alto, janelas verticalizadas e salas de aulas amplas. As áreas de circulação são avarandadas. Essas varandas têm guarda-corpos com montantes com formas mais requintadas, de ferro fundido.



Art Noveau

A Art Noveau é um estilo artístico que se desenvolveu entre os anos de 1890 e o inicio da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Pode ser considerado um estilo eminentemente internacional, com denominações variadas nos diferentes países. A origem do termo está ligada ao nome da galeria parisiense L'Art Nouveau. Foi uma reação ao historicismo da arte acadêmica (século XIX) e ao sentimentalismo e as expressões líricas do romantismo: uma crítica.aos princípios básicos da produção em série, dos materiais industrializáveis e do acabamento menos sofisticado das formas industrializadas.
Os artistas desse estilo se inspiraram na natureza, nas linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. Houve uma grande utilização de arabescos e  curvas, complementados pelos tons frios e a revalorização da beleza, colocando-a ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria. Buscou criar uma relação orgânica entre o ornamento e a função. “A fusão e depois a estreita união do ornato com a estrutura passam então por ondulações e funções que submetem o material, ferro, ferro fundido, vidro ou pedra, ao seu objetivo.” (DUCHE, 1992, p.200)
A Art Noveau não se restringiu a arquitetura, abrangeu também design, artes plásticas, artes decorativas, artes gráficas e arte mobiliária. Em terras brasileiras, a Art Nouveu chegou no começo do século XX. Diferente do ecletismo, esse estilo arquitetônico e artístico não se organizava por uma adição ou acumulação de elementos estilísticos, mas, por uma fusão ou síntese.
A antiga “Casa do Afonso Pena Júnior (atual Centro Universitário UNA), a Escola Estadual Afonso Pena e a  Escola Estadual Ordem e Progresso formam o conjunto de edificações da Avenida João Pinheiro e área adjacente. Esse conjunto está localizada entre a avenida João Pinheiro e a rua Timbiras.
A antiga “Casa do Afonso Pena Júnior é uma edificação projetada em 1913 pelos arquitetos José Lapertosa e Victor Renault Coelho segundo os padrões da art-noveau. Localizada na Rua dos Aimorés, serviu de residência ao político e intelectual  Afonso Pena Júnior. Em 1971, foi adquirida pela UNA sofrendo várias alterações e acréscimos ao longo dos anos. De acordo com O Guia de Bens Tombados, o “edifício está implantado no alinhamento da rua, mantendo afastamento lateral com jardins protegidos por belo gradil em ferro; a ligação entre os pavimentos é feita por escada de acesso ao alpendre com estrutura e cobertura independente em forma de cúpula metálica, sustentada por coluna de ferro com arremate superior em lambrequim e guarda-corpo em ferro fundido” (GUIA, 2014, p.192) Na decoração e ornamentação internar, destaca-se o forro e assoalhos em madeira trabalhados por Gabriel Galanti.

Arquitetura Neocolonial



Praticamente esquecido, a arquitetura neocolonial já gozou de uma preeminência considerável na cena cultural do país, ao representar a preocupação em se construir uma arquitetura com caráter nacional que rompesse com a imposição cultural externa através da importação de estilos estrangeiros.
A expressão neocolonial foi usada em países latino americanos, nas primeiras décadas do século passado, para definir os movimentos culturais que almejavam resgatar a autêntica tradição nacional e afirmar a identidade nacional. Rejeitando o neoclassicismo e e o ecletismo, por considerarem uma ameaça às expressões nacionais
Para Carvalho (2007), esse estilo arquitetônico surgiu a partir da necessidade de auto-afirmação sócio-cultural pós proclamação da República. Representou o esforço de ser criar uma arte genuinamente brasileira. Sendo também uma reação ao academismo e ao Ecletismo, vistos somente enquanto “fachadismo”. Buscou “rememorar” ou resgatar o século XVIII, o período barroco, considerado uma época ideal a partir de uma manipulação nostálgica de um tempo\espaço distante.  Pretendia-se reafirmar a identidade  e a consciência nacional do povo.  Representou a tentativa de se encontrar a “independência cultural que subitamente adquire importância devido às comemorações dos centenários de independência política dos países latino-americanos. Nesse sentido o neocolonial se figura como uma antecipação do moderno. (AMARAL, 1994, p. 16)
Esse estilo se originou, em meados da década de 1910, a partir da atuação do engenheiro e arquiteto português (radicado em São Paulo) Ricardo Severo . Na capital mineira, a arquitetura neocolonial só apareceu em meados dos anos de 1920 com os projetos de Luiz Signorelli. Destacando-se também Caetano Defranco e Carlos Santos.

Partindo da nomeclatura proposta por Carvalho (2007)o estilo neocolonial pode ser dividido em três momentos. O primeiro período abrange de 1914 (ano da apresentação do Manifesto de Ricardo Severo) a 1939 (quando Lucio Costa e Oscar Niemeyer apresentaram na Feira Mundial de Nova York um projeto representando a nova arquitetura como um símbolo da modernidade brasileira). A maioria das obras nesse período utilizaram referências arquitetônicas do norte de Portugal e tipos inspirados na arquitetura colonial (Bahia, Minas Gerais, região de reinóis (norte de Portugal), região do Douro, Trás-os-Montes e do Minho). Essas influências se fundem a um sistema construtivo moderno. Bahia).
A Segunda Fase ocorreu entre os anos de 1940 a 1960. Essa época foi marcada pela grande influência americana. O marco final é a inauguração de Brasília. Nessa fase, ocorre o rompimento com a “arquitetura tradicional” ou “colonial brasileira”. Os modelos de colonização espanhola tornam-se os tipos exemplares arquitetônicos do período (Mission Style e  o Estilo Californiano). Há uma predominância do arco pleno, do torreão, do “alpendre” (subsitituindo a varanda que ocupava toda a extensão das fachadas). Os chafarizes, os elementos da arquitetura portuguesa (como por exemplo, as pinhas) e os frontões da arquitetura barroca se tornam raros.
A Terceira Fase do Neocolonial inclui as décadas de 1970 e 1980. Nessa época, qualquer construção que utilizasse telhas de cerâmicas já era classificada como um exemplo de arquitetura Neocolonial. As edificações imitam pequenos detalhes da arquitetura colonial, sem o cuidado de manter uma relação com o original. Esse processo se dá de forma vaga e imprecisa.
A Escola Estadual Pedro II (antigo “Grupo Escolar Pedro II) é uma edificação localizada na avenida Alfredo Balena (antiga Avenida Mantiqueira).O terreno da escola, de aproximadamente 4.500 metros quadrados, foi desmembrado de uma área do Parque Municipal. Em estilo Neocolonial, de autoria do Escritório Técnico do Arquiteto J. Poley, com participação do arquiteto Carlos Santos, que ao lado do engenheiro Paulo Costa, foi responsável pela sua construção. De acordo com o Guia de bens tombatos, à primeira vista o conjunto lembra a reforma, feita em 1922, do antigo Arsenal de Guerra (Casa do Trem), monumento de época colonial, completamente alterado, acrescido, modificado e adaptado para Pavilhão das Indústrias, na Exposição do Centenário, no Rio de Janeiro, em 1922.” (SOUZA, 1984, p.20)
Inaugurada em 1926, a planta da escola segue o formato triangular do terreno, com três volumes e um pátio interno, dividido por um passadiço.Essa construção faz parte da primeira fase da arquitetura neocolonial brasileira. Foi inaugurado durante o governo do Presidente de Estado, Mello Vianna. A escolha desse estilo não foi aleatória. Buscava-se aflorar na população um sentimento de valor patriótico. Visando aprimorar a formação educacional através da valorização artística e do aprimoramento dos sentimentos plásticos/estéticos. Para o governante, não existindo um estilo arquitetônico essencialmente brasileiro, é preferível resgatar os modelos coloniais. Por estarem vinculados à nossa história, aos nossos valores e tradições.
A fachada principal do prédio, com uma dominante horizontal, é extesa e está voltada para a avenida Alfredo Balena. A planta triangular da construção tem o formato triangular e segue a forma do terreno. A edificação foi projetada com os dois pavimentos dispostos em torno de um pátio central. O prédio é ricamente ornamentado com frontões recurvados, cornijas sinuosas, medalhões e colunas torsas segundo o padrão colonial das igrejas barrocas mineiras. “O volume central, concebido pelo artista José Bahia é ricamente trabalhado. A porta almofadada é realçada por uma portada com curvas e recurvas, à maneira das igrejas barrocas.” (GUIA, 2014, p. 176)
Um grande frontão encima a entrada, com decoração exuberante de ornatos, telhas, globos e coruchéus. O conjunto continua em pequenas arcadas, com colunas torsas e todo o catálogo decorativo da época. Na fachada, destaca-se também as duas esculturas de Moreira Júnior que representam o Progresso e a Instrução. A escola possuía um painel decorativo de autoria de Aníbal Matos.










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Hoje é um dia muito especial para todos nós que amamos o Instituto de Educação de Minas Gerais - IEMG. Há exatos 113 anos, o então Preside...